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Cantinho da Poesia
Cantinho da Poesia

E porque os "vida loka" também amam, cedi esse espaço para compartilhar as poesias, contos e crônicas da minha esposa, Sayonara.

 

FIQUE COMIGO

(01/12/13)

 

Eu queria que você só ficasse comigo.
Seria pedir muito?
Porque esse tempo todo estaríamos lado a lado, como um dia foi prometido.

 

Mas estou só, muito só.
Sozinha mesmo quando você esta.

 

Como dói ter que te pedir que fique comigo estando presente, de verdade.
Não sei se entende o que digo,
é um grito de socorro!

 

Exposta, nua, frágil e vulnerável.
Me apresento sem máscaras.

Quando no tempo ia imaginar em permitir a queda desses véus...

 

Forte, presente e suficiente.
Garota com garras, no fundo, é só um gatinho com medo.

 

Realmente abro o coração pedindo que fique comigo como sou, como estou.

Porque te aceito como é.

Como cobro, sei que estou errada, perdão!

Mas minha alma precisava te contar o que se passava nela, 

não leve a mal.

Te amo.

 

 

SINTO MUITO

 

Sinto muito, muito mesmo, mas não pude ficar.

Realmente tentei.

Antes de sentir, mesmo após tanto falar,

Sobre sonhos, limbos e céus estrelados, tentei ficar.

 

Satisfaço-me em saber que todo o céu é meu, onde quer que esteja, e ele será o mesmo que tu vais olhar.

Tanto tempo, tempo, vago, Zéfiro ao norte indicando o caminho, não consegui resistir, tive de ir.

 

Refletindo agora, realmente sinto tanto assim?

Pensando melhor, acho que não.

O que me dei, doei, de coração.

Foi de coração?

Não sei mais.

Com certeza não sinto tanto assim.

Sem hipocrisias com o próprio espelho.

Reflexos não contam mentiras!

 

Sinto muito coisa nenhuma.

Sinto na verdade falta do tempo que não volta,

De fios de cabelo dourados não hidratado por falta de tempo,

Das maquiagens ressecadas por desuso intenso,

 

Sinto merda nenhuma!

De coisa alguma, de um nada que foi.

 

Quero apenas seguir para o Norte, da sorte, guiada através da estrela de um novo destino.

 

Não sinto muito não.

 

 

SOBRAS

 

  • Hoje meu coração está partido,
    Colhendo sobras espalhadas por todos os cantos,
    Sem cor, sem cheiro e agora jaz sem dor.

    Seria pelo término de uma amizade?
    Por um amor que desencantou?
    Por que lá fora simplesmente chove ou por alguma outra dor que nunca cicatrizou?

    Essas sobras de mim estão expostas,
    Nuas,
    Cruas,
    Imóveis,
    Congeladas...

    Que faço?
    Sigo a diante!
    Como?
    Um passo por vez.
    Horas com lágrimas, outras com sorrisos.

    Junto a pinças essas sobras e as colo bem devagar
    Reconstruo meu castelo com cinzas, mas que de longe parece decoração.
    Não é que ficou ainda mais bonito?

 

A Praia, a Amante e o Ex marido

 

Tamanha e incessante foi a raiva que ela sentiu ao se perguntar por ele.
Com o corpo ardente e tenso imaginou que estaria com Jane, e se estava com ela, não precisava ficar ali, se degradando.
Apesar da fúria, saiu e caminhou à beira mar.
Antes que pudesse entrar em profunda melancolia, deparou-se com aquele homem bonito, mais que um belo rosto ou corpo, de porte charmoso, vindo em sua direção.
Yve, sem reação, deixou-se levar pelo desconhecido, e na alva areia entregou-se ao estranho.
Seu corpo nunca tinha registrado tais sensações, profundas e indescritíveis com seu marido, a quem sempre fora fiel.
Mas na praia, ao relento, recebendo as estrelas frias como cobertor e o corpo quente do desconhecido, esqueceu até de quem era.
Um sono profundo os acometeu e quando o dia amanheceu, ainda estavam agarrados, tal cola, dessa vez, se conhecendo com palavras.
Oliver, o que tem olhar profundo!!!
Quando ela voltou ao apto, econtrou o marido e sorriu. Já não era importante.
Eliot, confuso, não conseguia entender a mulher, sempre transparente, não sabia que atitude tomar, sempre se achava o dono da situação com seu grande ego, mantendo duas mulheres.


Transcorreram-se muitos encontros, e a cada um deles, Yve conhecia-se mais como mulher e entregava-se sem medo, culpas ou possíveis sentimentos de vingança (a princípio).
Um dia, ganhou do amante esvoaçante vestido vermelho, elegante e levemente sensual, que usou sem calcinha.
Agradeceu por Jane ter entrado na vida do marido, caso contrário, não estaria mordendo as fronhas e amassando os travesseiros (não necessariamente nessa ordem), nos braços de Oliver, o Italiano.
Uma noite, convidou o marido para um jantar especial e fê-lo sentir todo o prazer que recebeu de presente e, no outro dia, deu um jeito de conhecer Jane.
Nos dias que se seguiram, ardilosa e descontraída, armou junto ao amante tal situação, que resultou numa Ménage à trois entre ela, o marido (agora com uma interrogação ambulante) e sua amante...

Como divertiu-se...

Num desses dias normais e típicos, pegou a carteira e documentos, algumas jóias e meia dúzia de roupas e colocou na mala azul recém comprada. Fechou todas as contas e cortou quaisquer vínculo com o velho mundo e rumou para a Itália.


Oliver estava lá esperando, sorridente e feliz, junto com seu irmão Castillo (irmão gêmeo), que revezava em noites de amor com uma estranha brasileira, mas que no final das contas, apaixonaram-se os 3.
Depois de um tempinho, Yve virou Sócia Gerente do hotel dos irmãos...
Jane e seu ex-marido (Eliot) cortaram relações.
Não era a mesma coisa sem Yve...

 

Crônicas de Yve, por Sayonara Sales - escrito em 19/02/2011

 

 

VENDO POESIAS

Vendo poesias profundas

            há um mundo conhecido como

                      racional, que se alimenta das desesperanças

de uma vida desapaixonada.

 

Esse povo compra toda a minha poesias, que

       apesar de autora, que sou eu, desconhecida,

            servem para manter acesa e acordada a teimosa esperança,

que insiste em manter um único fio, atento e preciso,

    sustentando esse planeta indeciso.

 

A poesia rega as terras secas de seus corações vazios,

que sem alento bebem poesia para se firmar.

E a autora desconhecda que venda a bonita poesia,

insiste em pensar que não é importante, mas se ela decider parar,

não sabe que um planeta irá acabar.

 

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FANTASIA

Palavras afiadas nunca tem razão,
são apenas farpas atiradas no vento,
ferindo sem ter direção.

Elas ferem até quem não tinha nada a ver,
desprevenidos na chuva ... Elas não só molham ... Ecoam sem ar.

Olhares transversais especulam e gestos indefesos denunciam intenções.
Descomplique, desarme.
Sentimentos não são ameaças.
Abraços ainda podem ser fraternos e beijos ainda são puros.

Disperse a neve de suas ilusões.
Cante para mim, meu passarinho.

Refaça a primavera da alma, Flores morrem sem a terra,
secam sem água e declinam à falta de sol.

Faça acontecer um arco íris. Somos flores.
Somos flores achando que são pedras...

Cante meu rouxinol, me proporcione vida! Viva a FANTASIA ...
Tenho pena daqueles que não os tem.

É muito triste não acreditar. Eu rezo por eles.
Nós caminhamos sobre a água e tocamos as nuvens.

Prefiro mesmo me reinventar a cada sonho!

 

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PRAZER

 

Olhos de fogo chegam como ondas de tormenta em minha direção, arrepiando e despertando a pele adormecida!

Olhar incomum e penetrante me inquietam, incomodando, e muito, o estado conquistado de paz.

Não sei o que há tanto de observar em mim, mas parecem imãs, puxando, potentes, certo desejo.

Sentimentos confusos borbulham na alma. O que fazer?

Resistir a entrega é impossível, talvez, absurdo e inútil.

 

A mão quente atravessa o rosto inseguro e invade o corpo desnudo, hesitante e trêmulo.

Ineficaz e tentadora resistência, faz tua presença sagaz.

 

Flor desabrochante no jardim, se ilumina na frequência de chuva, seja lá qual for sua intensidade...

Dormir pra quê, semente... fresco é o ar que respiras.. e ofegante a respiração que exalo, cada vez que afagas meu seio e que mordes minha boca!

 

Ai de mim, ai de mim!

 

Sayonara Sales